CePiáXiíCatu: Cinemateca do MAM

CePiaXiíCatu (Eu Coração Dou Bom)

cumprimento guarani, utilizado por Humberto Mauro. Idioma que ele dominava.

De Gilberto Mauro e Ricardo Garcia

Uma leitura multimídia para o cineasta Humberto Mauro. Imagens dos quatro primeiros filmes de Mauro dialogam e se encontram tematicamente em duas projeções simultâneas. O vídeo criado por Ricardo Garcia, editado com os cortes originais do cineasta, traz uma leitura contemporânea das imagens antológicas dos primeiros trabalhos do pioneiro do cinema brasileiro, um dos maiores diretores de todos os tempos, referência de nacionalidade cinematográfica para todos os criadores do cinema novo. No trabalho está presente o ciclo Phebo Filmes, que inclui Thesouro Perdido (1927), Brasa Dormida (1928) e Sangue Mineiro (1929), além de seu primeiro filme realizado na Cinédia, Lábios sem Beijos (1930).

Da plasticidade das cenas nasce o universo sonoro, criado por Gilberto Mauro (pianos) e Ricardo Garcia (bateria e eletroacústicos). A trilha estabelece um diálogo com a projeção das imagens, sendo executada ao vivo pelos músicos.

Gilberto Mauro - sobrinho do cineasta, autor de 4 cds de composições originais além de autor de trilhas sonoras para cinema e teatro.

Ricardo Garcia - músico, compositor de trilhas, diretor musical, criador de performances multimídia e instalações audiovisuais.

Humberto Mauro é um dos diretores mais importantes da história do cinema brasileiro; inspirou vários cineastas contemporâneos, sendo considerado por Glauber Rocha o pai do Cinema Novo dos anos 60. Sua produção cinematográfica acontece entre 1925 e 1974 e sua trajetória inclui: o ciclo Phebo filmes, filmado em Cataguases; as realizações produzidas na Cinédia, na época o maior estúdio cinematográfico da América do Sul, inaugurado em 1930 no Rio de Janeiro; e seu trabalho no Instituto Nacional de Cinema Educativo.
As atividades da Phebo Filmes, realizadas de 1925 a 1930, caracterizam-se pela produção de um cinema artesanal e a abordagem de temáticas rurais brasileiras. Os clássicos Brasa Dormida, Thesouro Perdido e Sangue Mineiro marcam essa época.
No período de produção na Cinédia, que vai de 1930 a 1933, a modernidade se torna uma marca na cinematografia de Humberto Mauro, presente nos temas abordados e também na linguagem estética desenvolvida pelo cineasta. Seu amadurecimento profissional como diretor é marcado por filmes como Lábios sem beijos, Ganga bruta e A voz do carnaval . Nessa época, desenvolve também trabalhos de fotografia e roteirização.
Em 1936, Humberto Mauro juntamente com Roquette Pinto funda o Instituto Nacional de Cinema Educativo, onde realiza mais de 300 documentários.
A produção de Mauro é intensa, contando ainda com filmes como Favela dos meus amores (1935), Cidade Mulher (1936), O descobrimento do Brasil (1937) Argila (1940) e O canto da saudade (1952). Carro de bois, documentário rodado em Volta Grande, Minas Gerais, em 1974, e produzido pelo Instituto Nacional do Cinema, foi sua última realização cinematográfica.

Of Gilbert Mauro and Ricardo Garcia

Created for Gilbert Mauro and Ricardo Garcia, the meeting multimedia with Humberto Mauro brings a reading contemporary of the antológicas images of the first works of the pioneer of the Brazilian cinema, one of the managing greaters of all the times, reference of cinematographic nationality for all the creators of the new cinema.
Exhibition of scenes of the 4 films of the first phase of cineasta Brazilian Humberto Mauro, or either, the Mining phase, of the Cataguases cycle (originarily dumb) will be edited in video format and presented with track to the living creature, executed for the musicians and composers Gilbert Mauro (nephew of cineasta) in the digital piano and keyboard and Ricardo the acoustic Garcias in the battery and instruments electro the Images of the four first films of Mauro, are projected in two screens that dialogue and if they find thematically. Of the plasticity of the scenes the sonorous universe is born.
In work is present cycle Phebo Films, that includes the first film that survived to the time, "Lost Treasure" (1927), - still under the glimpse of Mauro with western North American, only experience of cineasta, re-is lived between "horses and scoundrels", "Sleept Live coal" (1928) and "Mineiro Blood" (1929), - over all the celebrities and gorgeous romantic idílios revisited between pantries of arvores, stolen kisses and serpents here, beyond its first film carried through in the Cinédia, "Lips without Kisses" (1930) - the aesthetic pre-messenger of the bold one, ripened of Mauro, now in urban framings of then, Brazilian capital.
Presentation of 45 minutes, with music in scene.
Gilberto Mauro - Piano and keyboard.
Ricardo Garcia - Battery and electro-acoustics.

CePiáXiíCatu

7 de set. de 2008

Cinemateca do MAM

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